quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Como entrar na Comunidade PT.

1 - Vá à página oficial do PT.

2 - No canto superior direito da página, clique em Comunidade PT.

3 - Ao clicar em "Comunidade PT", abre-se a página da Comunidade PT.

4 - Se  já estiver cadastrado, digite o seu e-mail e senha para entrar na página. Se não, clique em "Clique aqui para se cadastrar".

5 - Ao clicar em "Clique aqui para se cadastrar", abre-se a página "Obter acesso à Comunidade PT".

6 - Preencha o formulário e clique em "Enviar".

7 - Aguarde e você receberá, no e-mail que forneceu, uma senha. Com este e-mail e com esta senha você poderá entrar na Comunidade PT e acessar todo o conteúdo disponível exclusivamente para filiados.

8 - Ao entrar na página, você vai ver o seguinte menu.

O que é a Comunidade PT.

Comunidade PT é o nome do site oficial do PT que dá acesso à Rede PT Brasil.

A Rede PT Brasil é um conjunto de sistemas que informatizam os procedimentos internos do PT, colocados à disposição dos dirigentes e filiados petistas de todo o país, via internet.

Um destes sistemas é o SisFil - Sistema de Filiados - que contém o Cadastro Nacional de Filiados (CNF).

Outro é o SACE - Sistema de Arrecadação de Contribuições Estatutárias.

O SisFil permite ao filiado atualizar seus dados diretamente no Cadastro Nacional de Filiados (CNF), transferir ou cancelar sua filiação, acessar o número de telefone e o e-mail constantes da ficha de qualquer filiado, mediante busca por nome, número de CNF ou de título de eleitor; e fazer a inscrição de novos filiados.

Já através do SACE, o filiado pode acessar o extrato das suas contribuições financeiras ao PT e imprimir os boletos para o pagamento destas contribuições semestrais obrigatórias, determinadas pelo estatuto do partido.

Comunidade PT

domingo, 4 de outubro de 2015

Lula fala sobre internet e redes sociais, em vídeo produzido pelo seu instituto. (30/01/2014)

Instituto Lula - Na sua época de sindicato, reunir milhares de pessoas era um trabalho de formiguinha e hoje 500 mil pessoas acompanham as atividades e opiniões do senhor diariamente na rede. Essas mudanças transformaram o seu jeito de fazer política?

Lula - Na verdade não transformaram, porque eu acho que são dois momentos históricos diferentes. Você tinha que ir na porta de fábrica fazer muitas assembleias prá você poder convocar os trabalhadores prá um ato político que fosse decidir, por exemplo, a pauta de reivindicações. Era um trabalho necessário, era um trabalho que era muito importante, e era um trabalho que o resultado final era o aumento do grau de politização da classe trabalhadora. Quando a gente decidia fazer um movimento, quando a gente deflagrava o movimento, todo mundo sabia o que tava acontecendo.

A minha preocupação com a internet é que, quando você tem muita liberdade e você não sabe usar essa liberdade, você tá jogando fora um espaço de conquista extraordinário. Eu, por exemplo, sou contra qualquer veto à utilização da internet. Agora, eu sou favorável a responsabilizar as pessoas que usam a internet. Porque, é o seguinte, eu tenho a liberdade de pegar uma estrada e fazer uma viagem com a minha família. Totalmente livre. Agora, se eu for irresponsável, eu posso matar alguém ou posso morrer.

Então, o que que eu acho. A internet é uma arma poderosíssima, que, quanto mais responsáveis nós formos, melhor. Quanto mais a gente trabalhar no sentido de falar coisas positivas... mesmo quando você critica, criticar com fundamento, e não ficar fazendo jogo rasteiro, da calúnia ou do baixo nível... sabe... porque quando você calunia, você não politiza, você não ensina, você não produz um fruto, ou seja...

Eu acho que a internet é uma árvore que pode produzir frutos novos todo santo dia, se a gente tiver, ao sentar na frente de um computador, interesse de que alguém aprenda algo mais nesse país ou nesse mundo. Então, eu penso que mudou.

E eu fico feliz que tenha 500 mil pessoas seguindo, porque nós vamos trabalhar muito esse ano, vamos trabalhar muito ano que vem, e eu sempre que puder utilizar a internet prá passar uma mensagem que seja uma coisa positiva, uma coisa verdadeira, eu passarei. Jamais eu utilizarei a internet prá fazer uma calúnia contra quem quer que seja.

Instituto Lula - A internet é hoje, no Brasil, um ambiente livre e democrático. O que o senhor acha que essa nova forma de comunicação traz de bom para as pessoas e para a política?

Lula - Eu penso que pode trazer coisas extraordinárias essa liberdade da internet. Eu volto à minha resposta anterior. É preciso saber se a gente vai saber utilizar corretamente a internet ou não. Prá que que eu quero a internet? É prá fazer bobagem ou prá aprender alguma coisa? É prá fazer bobagem ou prá ensinar alguma coisa? É prá dar uma informação correta ou prá dar uma informação incorreta? É prá informar ou prá desinformar? Eu tenho que decidir.

Eu lembro que quando as mensagens eram simplesmente escritas, uma vez eu fui na porta da empresa e eu descobri que os trabalhadores não conseguiam ler o boletim e jogavam o boletim antes de entrar na porta da fábrica. Aí eu fui descobrir que nós escrevíamos muito texto e o principal ficava no último parágrafo. Então, o trabalhador lia aquilo, chegava na portaria, jogava fora e entrava sem saber o que a gente queria. Hoje, com a internet, não. Ele pode saber por dezenas de meios aquilo, imediatamente, com poucas palavras, ele tem a informação.

Então, é tão sério, é tão responsável a internet, que quanto mais liberdade, muito mais responsabilidade. Se a gente usar esse instrumento para o bem, nós cresceremos. Se a gente utilizar para o mal, nós iremos padecer. Afinal de contas, quem planta vento, colhe tempestade. Então, é importante que a gente saiba utilizar corretamente. Se tiver que criticar, critique, argumente, fundamente. Não precisa ficar com raiva de ninguém e quando alguém lhe criticar também aceite, que isso faz parte da democracia que a internet permite a todos nós, todo santo dia e toda hora.

Instituto Lula - Que mensagem o senhor gostaria de enviar às pessoas que acompanham a sua página?

Lula - O que eu gostaria na verdade, de dizer prás pessoas é que sempre existe alguma coisa prá gente criticar e sempre existe alguma coisa prá gente elogiar. Eu sempre digo que ninguém é 100% defeito e ninguém é 100% virtude. Se a gente ficar olhando bem, você vai sempre encontrar uma coisa defeituosa ou uma coisa boa.

Qual é a mensagem que eu posso dar prás pessoas? É que eu acho que nós temos uma chance extraordinária. Nós ainda temos que fazer com que milhões de brasileiros mais pobres tenham acesso a um computador. Nós precisamos ainda trabalhar muito prá que a gente consiga levar banda larga pros 8,5 milhões de km² desse país. Nós precisamos fazer com que a informação chegue a todos em igualdade de condições.

Eu, quando era presidente da república, nós decidimos fazer isso, a Dilma tá num esforço imenso prá fazer isso. Certamente que não é uma coisa que a gente faz tão rapidamente assim. Mas o governo tem disposição. Eu gostaria que você ajudassem a fazer isso. Ajudassem criticando, ajudassem apoiando, ajudassem mostrando os defeitos que existem, aonde não está acontecendo.

Porque a mensagem não é que eu quero que todo mundo fale bem do governo. A mensagem é que eu quero que todo mundo seja verdadeiro. Seja prá criticar, ou seja prá apoiar o governo. Porque tá acontecendo muita coisa boa nesse país.

Eu às vezes fico triste porque eu vejo televisão, começa de manhã, às 6 e 15 da manhã, eu tô vendo televisão, o cara já fala "assalto não sei aonde, morte não sei aonde, batida não sei aonde"... Eu fico pensando, será que não nasceu uma criança hoje no Brasil, será que ninguém foi bem atendido em algum lugar, será que não tem uma coisa boa prá gente mostrar sempre os dois lados da moeda?

Então a mensagem que eu dou é a seguinte: não perca a esperança nunca. A humanidade sem esperança não vai a lugar nenhum. Não seja cético. Não seja favorável sem saber e nem seja contra sem saber. Tente se informar prá emitir sua opinião. Isso te ajudará muito a vencer na vida.


sábado, 3 de outubro de 2015

Lula diz à CUT que trabalho de base deve ser feito também na internet. (13/11/2013)

Mensagem enviada por Lula aos participantes do primeiro curso de formação de formadores em comunicação da CUT, em 13/11/2013.
"Queridos companheiros e queridas companheiras.

Quero saudar a iniciativa da CUT de incluir as mídias sociais no seu curso de formação em comunicação.

Sabemos que a internet é cada vez mais importante.

Temos que continuar nos locais de trabalho, reunindo os companheiros nos sindicatos, fazendo a luta sindical, olho no olho.

Mas, hoje, isto não é mais suficiente.

Temos que nos comunicar com mais força e criatividade, por todos os meios disponíveis.

E hoje os trabalhadores e suas famílias também estão na internet.

Por isso, é fundamental que os sindicatos também estejam lá.

A internet é fundamental para falar diretamente com a juventude, se conectando com as suas aspirações e a sua energia.

É fundamental para criar uma alternativa aos grandes grupos de comunicação que, como sabemos, geralmente são muito preconceituosos com as reivindicações dos trabalhadores e com os movimentos sociais.
Por isso, a internet deve ser utilizada no dia a dia dos sindicatos, para renovar nossas entidades, para ouvir e organizar os trabalhadores.

Por isso, bom trabalho. E muita informação." (Lula, 13/11/2013)

Mensagem de Lula sobre as redes sociais, publicada em sua página, no Facebook. (16/10/2013)

Companheiro/a,

Quero chamar sua atenção sobre a importância das mídias sociais. Todos sabemos que a internet está sendo cada vez mais utilizada pelas pessoas para conversar sobre política e se informar sobre o que está acontecendo no Brasil e no mundo. Nós temos que estar presentes também nesse espaço, explicando nosso projeto, mostrando os resultados concretos que alcançamos e ouvindo o que as pessoas têm a dizer.

Não existe tema em que não tenhamos grandes avanços para mostrar.

É nosso papel mostrar dados que não aparecem em outros lugares. Quem se informa e debate política pela internet precisa saber das histórias dos mais de um milhão de jovens filhos da classe trabalhadora que chegaram à universidade pelo Prouni; das 14 milhões de famílias pobres que antes eram abandonadas, e hoje podem ter uma vida mais digna graças ao Bolsa Família; ou de alguém que conseguiu um dos mais de 20 milhões de empregos gerados no Brasil nesses últimos 10 anos.

Não devemos ficar apenas reclamando que não temos espaço em outras mídias. Vamos utilizar essa ferramenta fantástica que é a internet para falar do nosso projeto, mostrar o que já fizemos e, claro, ouvir críticas, sugestões e questionamentos. Esse debate é essencial para consolidarmos ainda mais a trajetória de crescimento, democracia e diminuição de desigualdades que nosso país vem percorrendo.

Acompanhe, curta e participe das páginas do PT nas redes sociais e se informe. Crie os seus canais de comunicação, escreva, grave vídeos e debata nas redes sociais. E lembre sempre de checar as informações antes de divulgá-las. Não vamos colaborar com a criação de uma série de informações e acusações falsas que têm surgido na rede.

Junte seus amigos, sua família, seus companheiros de partido e participe discutindo nas redes, nos espaços partidários e nas ruas. Quanto mais gente participar, quanto mais a política for debatida,mais consolidada estará a nossa democracia e mais nosso país avançará em direção a uma sociedade mais justa para todos.

Participe deste debate e vamos continuar transformando o Brasil!

Lula


Fonte: Instituto Lula

Lula no New York Times: Internet, usada como instrumento de diálogo e participação, pode democratizar o funcionamento de partidos e governos. (Julho de 2013)

"Os partidos precisam dialogar permanentemente com a sociedade, nas redes e nas ruas. (...)  E não só em períodos eleitorais.

Já se disse, com razão, que a sociedade entrou na era digital e a política permaneceu analógica.

Se as instituições democráticas souberem utilizar criativamente as novas tecnologias de comunicação, como instrumentos de dialogo e participação, e não de mera propaganda, poderão oxigenar – e muito – o seu funcionamento, sintonizando-se de modo mais efetivo com a juventude e todos os setores sociais.

No caso do PT, que tanto contribuiu para modernizar e democratizar a política brasileira e que há dez anos governa o meu país, estou convencido de que ele também precisa renovar-se profundamente, recuperando seu vinculo cotidiano com os movimentos sociais. Dando respostas novas a problemas novos." (Lula, 16/07/2013)

http://www.nytimes.com/2013/07/17/opinion/global/lula-da-silva-the-message-of-brazils-youth.html


Lula no NYT: "A mensagem da juventude brasileira"


Versão publicada no site da Fundação Perseu Abramo

Parecia mais fácil explicar as razões de tais protestos quando eles aconteciam em países sem democracia, como o Egito e a Tunísia em 2011, ou onde a crise econômica levou o desemprego juvenil a níveis assustadores, como na Espanha e na Grécia, por exemplo. Mas a chegada dessa onda a países com governos democráticos e populares, como o Brasil, quando temos as menores taxas de desemprego da nossa história e uma inédita expansão dos direitos econômicos e sociais, exige de todos nós, líderes políticos, uma reflexão mais profunda.

Muitos acham que esses movimentos significam a negação da política. Eu acho que é justamente o contrario: eles indicam a necessidade de se ampliar ainda mais a democracia e a participação cidadã. De renovar a política, aproximando-a das pessoas e de suas aspirações cotidianas.

Eu só posso falar com mais propriedade sobre o Brasil. Há uma ávida nova geração em meu país, e eu creio que os movimentos recentes são, em larga medida, resultado das conquistas sociais, econômicas e políticas obtidas nos últimos anos. O Brasil conseguiu na última década mais que dobrar o número de estudantes universitários, muitos deles vindos de famílias pobres. Reduzimos fortemente a pobreza e a desigualdade. São grandes feitos, mas é também absolutamente natural que os jovens, especialmente aqueles que estão obtendo o que seus pais nunca tiveram, desejem mais.

Estes jovens tinham 8, 10,12 anos quando o partido que eu ajudei a criar, o PT, junto com seus aliados, chegou ao poder. Não viveram a repressão da ditadura nos anos 60 e 70. Não viveram a inflação dos anos 80, quando a primeira coisa que fazíamos ao receber um salário era correr para um supermercado e comprar tudo o que fosse possível antes que os preços subissem no dia seguinte. Também tem poucas lembranças dos anos 90, quando a estagnação e o desemprego deprimiam o nosso país. Eles querem mais. E é compreensível que seja assim. Tiveram acesso ao ensino superior, e agora querem empregos qualificados, onde possam aplicar o que aprenderam nas universidades. Passaram a contar com serviços públicos de que antes não dispunham, e agora querem melhorar a sua qualidade. Milhões de brasileiros, inclusive das classes populares, puderam comprar o seu primeiro carro e hoje também viajam de avião. A contrapartida, no entanto, deve ser um transporte público eficiente e digno, que facilite a mobilidade urbana, tornando menos penosa e estressante a vida nas grandes cidades.

Os anseios dos jovens, por outro lado, não são apenas materiais. Também querem maior acesso ao lazer e à cultura. E, sobretudo, reclamam instituições politicas mais transparentes e limpas, sem as distorções do anacrônico sistema partidário e eleitoral brasileiro, que até hoje não se conseguiu reformar. É impossível negar a legitimidade de tais demandas, mesmo que não seja viável atendê-las todas de imediato. É preciso encontrar fontes de financiamento, estabelecer metas e planejar como elas serão gradativamente alcançadas.

A democracia não é um pacto de silêncio. É a sociedade em movimento, discutindo e definindo suas prioridades e desafios, almejando sempre novas conquistas. E a minha fé é que somente na democracia, com muito dialogo e construção coletiva, esses objetivos podem ser alcançados. Só na democracia um índio poderia ser eleito Presidente da Bolívia, e um negro Presidente dos Estados Unidos. Só na democracia um operário e uma mulher poderiam tornar-se Presidentes do Brasil.

A história mostra que, sempre que se negou a política e os partidos, e se buscou uma solução de força, os resultados foram desastrosos: guerras, ditaduras e perseguições de minorias. Todos sabemos que, sem partidos, não pode haver verdadeira democracia. Mas cada vez fica mais evidente que as nossas populações não querem apenas votar de quatro em quatro anos, delegando o seu destino aos governantes. Querem interagir no dia a dia com os governos, tanto locais quanto nacionais, participando da definição das políticas públicas, opinando sobre as principais decisões que lhes dizem respeito.

Em suma: não querem apenas votar, querem ser ouvidas. E isso constitui um tremendo desafio para os partidos e os lideres políticos. Supõe ampliar as formas de escuta e de consulta, e os partidos precisam dialogar permanentemente com a sociedade, nas redes e nas ruas, nos locais de trabalho e de estudo, reforçando a sua interlocução com as organizações dos trabalhadores, as entidades civis, os intelectuais e os dirigentes comunitários, mas também com os setores ditos desorganizados, que nem por isso tem carências e desejos menos respeitáveis.

E não só em períodos eleitorais. Já se disse, e com razão, que a sociedade entrou na era digital e a política permaneceu analógica. Se as instituições democráticas souberem utilizar criativamente as novas tecnologias de comunicação, como instrumentos de dialogo e participação, e não de mera propaganda, poderão oxigenar – e muito – o seu funcionamento, sintonizando-se de modo mais efetivo com a juventude e todos os setores sociais.

No caso do PT, que tanto contribuiu para modernizar e democratizar a política brasileira e que há dez anos governa o meu país, estou convencido de que ele também precisa renovar-se profundamente, recuperando seu vinculo cotidiano com os movimentos sociais. Dando respostas novas a problemas novos. E sem tratar os jovens com paternalismo.

A boa noticia é que os jovens não são conformistas, apáticos, indiferentes à vida pública. Mesmo aqueles que hoje acham que odeiam a política, estão começando a fazer política muito antes do que eu comecei. Na idade deles, não imaginava tornar-me um militante político. E acabamos criando um partido, quando descobrimos que no Congresso Nacional praticamente não havia representantes dos trabalhadores. Inicialmente não pensava em me candidatar a nada. E terminei sendo Presidente da República.

Conseguimos, pela política, reconquistar a democracia, consolidar a estabilidade econômica, retomar o crescimento, criar milhões de novos empregos e reduzir a desigualdade no meu país. Mas claro que ainda há muito a ser feito. E que bom que os jovens queiram lutar para que a mudança social continue e num ritmo mais intenso.

Outra boa notícia é que a Presidente Dilma Rousseff soube ouvir a voz das ruas e deu respostas corajosas e inovadoras aos seus anseios. Propôs, antes de tudo, a convocação de um plebiscito popular para fazer a tão necessária reforma política. E lançou um pacto nacional pela educação, a saúde e o transporte público, no qual o governo federal dará grande apoio financeiro e técnico aos estados e municípios.

Quando falo com a juventude brasileira e de outros países, costumo dizer a cada jovem: mesmo quando você estiver irritado com a situação da sua cidade, do seu estado, do seu país, desanimado de tudo e de todos, não negue a política. Ao contrário, participe! Porque o político que você deseja, se não estiver nos outros, pode estar dentro de você.
(Luiz Inácio Lula da Silva é ex-presidente do Brasil, que agora trabalha em iniciativas globais com o Instituto Lula)

IBGE: Metade dos brasileiros estão conectados à internet; Norte lidera em acesso por celular. (BBC - Brasil - 29/04/2015)

O jovem Awipdavi Urueu, da tribo indígena Uru-Eu-Wau-Wau, em Rondônia, tem 23 anos e como todo brasileiro da sua idade gosta de acessar com frequência as redes sociais. Porém, com apenas um computador na reserva indígena onde mora, localizada a cerca de 100 quilômetros ao sul da capital do Estado, Porto Velho, Awipdavi acaba tendo de recorrer na maior parte do tempo ao celular, por meio do qual interage com a comunidade – são 200 membros espalhados em seis aldeias – e se comunica com o mundo exterior, além de manter atualizado o seu perfil no Facebook, repleto de 'selfies'.

"Acesso a internet por meio de uma antena que eu mesmo comprei. De todas as aldeias, só a nossa tem esse tipo de conexão. Como aqui não tem sinal de telefone, é a forma que consegui para trocar ideias e conhecer pessoas novas, como você", disse ele à BBC Brasil. A antena, conta, custou cerca de R$ 2 mil, valor que a aldeia pagou "em parcelas mensais de R$ 100".

A realidade de Awipdavi é comum na região Norte do país, cujas distâncias e grandes dimensões retardaram a chegada das redes de dados e fibras óticas. Sem uma infraestrutura adequada de cabos, a banda larga móvel (sem fio) ganhou força frente à fixa, em uma evolução diferente da verificada no restante do país.

Dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira confirmam essa peculiaridade. Em 2013, a região Norte apresentou o maior porcentual de domicílios que usaram o celular para acessar a internet (75,4%), enquanto no restante do Brasil predominou o uso do computador.

Entre os Estados do país, o acesso feito exclusivamente por celular ou tablet superou o feito por computador em Sergipe (28,9% por celular ou tablet contra 19,3% por computador), Pará (41,2% contra 17,3% por computador), Roraima (32% contra 17,2%), Amapá (43% contra 11,9%) e Amazonas (39,6% versus 11,1%). Parte dos entrevistados não soube responder à pergunta.

Rondônia, paradoxalmente, foi a unidade da federação que registrou a maior proporção de acesso exclusivo por meio de computador (61,1%), enquanto Santa Catarina teve o menor porcentual de acesso exclusivo por celular ou tablet (5%).

Diferentemente do restante do Brasil, o Norte foi também a única região do país onde a conexão via banda larga móvel - as redes 3G ou 4G - ultrapassou a rede fixa. Nos Estados do Amazonas, Roraima, Pará e Amapá, oito em cada dez residências com internet acessaram a rede via banda larga móvel em 2013.

"A região Norte acabou prejudicada por causa da conexão à longa distância. Isso fez com que a internet ficasse muito cara e com a velocidade muito baixa. O acesso que, antes só era possível via satélite, hoje já é viável por meio das torres de telefonia celular. A banda fixa ali, contudo, acabou não evoluindo, diferentemente do restante do país", explica Eduardo Tude, presidente da consultoria Teleco, especializada em telecomunicações.

Foi a primeira vez que o IBGE levantou dados sobre o tipo de equipamento utilizado para acessar a internet. Os dados da Pnad também incluíram os domicílios cobertos por sinal digital de TV aberta e a posse de celular para uso pessoal.

Computador menos importante


Segundo o órgão, 85,6 milhões de brasileiros acima de 10 anos de idade (49,4% da população) tinham usado a internet, pelo menos uma vez, no período de referência dos últimos três meses (últimos 90 dias que antecederam ao dia da entrevista) em 2013.

Desse total, 78,3 milhões (45,3% da população) afirmaram ter acessado a rede via computador. A proporção é menor do que a verificada em 2011, quando 46,5% dos brasileiros diziam ter usado a internet por meio de um computador no domicílio.

Em 2013, de acordo com o IBGE, as regiões Sudeste (57%), Sul (53,5%) e Centro-Oeste (54,3%) registraram os maiores percentuais de utilização da internet considerando-se todos os equipamentos. Já a região Norte teve a maior proporção (8,7%) de pessoas de 10 anos ou mais de idade que utilizaram a internet por meio de aparelhos com exceção do computador (celular, tablet, TV, etc).

Em relação ao número de domicílios, de acordo com a pesquisa, 48% deles tinham acesso à internet (31,2 milhões de residências). Desse total, 88,4% (ou 27,6 milhões) usavam a internet por meio de computador. No restante – 11,6% ou 3,6 milhões de domicílios, a utilização da internet era realizada por outros equipamentos.

Tablets


O IBGE verificou ainda a existência de tablets nos domicílios brasileiros. Segundo os dados da Pnad 2013, 7,1 milhões (10,8%) dos 65,1 milhões de domicílios particulares permanentes do país tinham o aparelho.

Dentre eles, diz o órgão, mais da metade (3,9 milhões) estava no Sudeste, onde 13,8% das casas possuíam tablets. Já o Norte do país foi a região com a menor incidência do aparelho. Apenas 278 mil domicílios (ou 5,9% do total da região) tinham o dispositivo.

A pesquisa também mostrou uma relação direta entre o acesso à internet, a renda e os anos de estudo. Segundo o IBGE, a proporção de pessoas que usa a rede cresce conforme aumentam o rendimento e a escolaridade.

Já no tocante à faixa etária, o cenário é inverso. Os mais jovens registraram os maiores percentuais de acesso à internet.

Acesso à TV e posse de celular


O IBGE também levantou dados sobre o acesso à TV e a posse de celular para uso pessoal.

Segundo as estimativas da Pnad 2013, 130,2 milhões de brasileiros acima de 10 anos de idade tinham celular para uso pessoal, um aumento de 49,4% ante a 2008.

Entre as regiões do país, o Centro-Oeste registrou a maior proporção de pessoas com o aparelho (83,8%), seguido do Sul (79,8%), Sudeste (79,5%), Norte (66,7%) e Nordeste (66,1%).

De acordo com o IBGE, oito em cada dez brasileiros entre 25 e 49 anos possuíam um celular para uso pessoal em 2013.

Já a TV, diz o órgão, predomina em 97,3% dos domicílios do país (63,3 milhões). Desse total, 29,5% das residências tinham TV por assinatura, 31,2% possuíam sinal digital de TV aberta enquanto que 38,4% dependiam de antena parabólica.


Fonte: BBC - Brasil

Brasileiros ficam mais tempo conectados que assistindo TV, diz Pesquisa Brasileira de Mídia - 2015. (Blog do Planalto - 19/12/2014)

Maior levantamento sobre os hábitos de informação dos brasileiros, a Pesquisa Brasileira de Mídia 2015 (PBM 2015) confirma que brasileiros passam mais tempo navegando na internet do que assistindo TV. No entanto os dados mostram a televisão ainda como meio de comunicação predominante (maioria dos entrevistados diz assistir); o rádio continua o segundo meio de comunicação mais utilizado pelos brasileiros; e os jornais são os veículos mais confiáveis. Os dados foram apresentados pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), nesta sexta-feira (19), no Palácio do Planalto.

Os usuários de internet ficam conectados, em média, 4h59 por dia durante a semana e 4h24 nos finais de semana, superior ao tempo médio que brasileiros ficam expostos ao televisor, respectivamente 4h31 e 4h14. Praticamente a metade dos brasileiros, 48%, usa internet. O percentual de pessoas que a utilizam todos os dias cresceu de 26% na PBM 2014 para 37% na PBM 2015. O hábito de uso da internet também é mais intenso do que o obtido anteriormente. De acordo com a pesquisa de 2014, o tempo médio conectado era 3h39 por dia durante a semana e 3h43 nos finais de semana.

“Uma função dessa pesquisa é orientar a aplicação dos recursos do governo em publicidade. Tem que levar em consideração que a internet cresce como meio de comunicação mais utilizado, que os jornais são mais confiáveis, mas têm uma penetração menor. Que a TV tem um alcance gigante, mas capta menos a atenção das pessoas, todas essas informações serão levadas em consideração”, disse o ministro da Secom, Thomas Traumann.

Mais do que as diferenças regionais, são a escolaridade e a idade dos entrevistados os fatores que impulsionam a frequência e a intensidade do uso da internet no Brasil. Entre usuários com ensino superior, 72% acessam à internet todos os dias, com uma intensidade média diária de 5h41, de 2ª a 6ª-feira. Entre as pessoas com até a 4ª série, os números caem para 5% e 3h22. Na faixa de 16 a 25, 65% dos jovens se conectam todos os dias, em média 5h51 durante a semana, contra 4% e 2h53 dos usuários com 65 anos ou mais.

O uso de telefones celulares para acessar a internet já compete com o uso por meio de computadores ou notebooks, 66% e 71%, respectivamente. O uso de redes sociais influencia esse resultado. Entre os internautas, 92% estão conectados por meio de redes sociais, sendo as mais utilizadas o Facebook (83%), o Whatsapp (58%) e o Youtube (17%).

Televisão


Apesar do tempo médio conectado na internet ser maior, a televisão segue como meio de comunicação mais utilizado pela população. De acordo com a pesquisa, 95% dos entrevistados afirmaram ver TV, sendo que 73% têm o hábito de assistir diariamente. O tempo que o brasileiro passa exposto ao televisor diariamente também cresceu em relação à PBM 2014 que eram 3h29 de 2ª a 6ª-feira, e 3h32 nos finais de semana (4h31 e 4h14, respectivamente na PBM 2015).

Rádio


O rádio continua o segundo meio de comunicação mais utilizado pelos brasileiros, mas seu uso caiu na comparação entre a PBM 2014 para a PBM 2015, de 61% para 55%. Em compensação, aumentou a quantidade de entrevistados que dizem ouvir rádio todos os dias, de 21% em 2014 para 30% em 2015.

Jornais e revistas


Permaneceu estável o percentual de brasileiros que leem jornais ao menos uma vez por semana entre as duas rodadas da PBM: 21%. Apenas 7% leem diariamente, sendo a 2ª-feira o dia da semana mais mencionado pelos leitores (48%). A escolaridade e a renda dos entrevistados são os fatores que mais aumentam a exposição aos jornais: 15% dos leitores com ensino superior e renda acima de cinco salários mínimos leem jornal todos os dias. Entre os leitores com até a 4ª série e renda menor que um salário mínimo, os números são 4% e 3%.

O uso de plataformas digitais de leitura de jornais ainda é baixo: 79% dos leitores afirmam fazê-lo mais na versão impressa, e 10% em versões digitais.

Foi detectado cenário semelhante ao dos jornais em relação às revistas: 13% dos brasileiros leem revistas durante a semana, número que cresce com aumento da escolaridade e da renda dos entrevistados. Versões impressas (70%) são mais lidas do que versões digitais (12%).

Mesmo que sejam baixas a frequência e a intensidade de leitura de jornais e revistas, eles são os meios de comunicação com maior nível de atenção exclusiva. Entre os leitores de jornal, 50% disseram não fazer nenhuma outra atividade enquanto o consome. Entre os de revista, 46%.

Comunicação de governo


Dentre as formas oficiais de comunicação do Governo Federal, o programa “A Voz do Brasil” é a mais conhecida pelos brasileiros: 57%. Além disso, o conteúdo do programa é bem avaliado por quem o conhece: 45% consideram-no “ótimo ou bom”; 20%, “regular”, e 12%, “ruim ou péssimo”.

Índice de confiança


Cresceu a confiança dos brasileiros nas notícias veiculadas nos diferentes meios de comunicação. Os jornais continuam como os mais confiáveis: 58% confiam muito ou sempre, contra 40% que confiam pouco ou nunca. Na PBM 2014, esses valores eram de 53% e 45%. Televisão e rádio têm nível de confiança similares. No caso da TV, 54% confiam muito ou sempre, contra 45% que confiam pouco ou nada. No caso do rádio, 52% confiam muito ou sempre, contra 46% que confiam pouco ou nunca.

Dentre os veículos tradicionais, a revista é o único que inverte essa equação: 44% confiam muito ou sempre, contra 52% que confiam pouco ou nunca.

Já em relação às novas mídias, a desconfiança predomina. Respectivamente, 71%, 69% e 67% dos entrevistados disserem confiar pouco ou nada nas notícias veiculadas nas redes sociais, blogs e sites.

PBM 2015


Encomendada pela Secom, a PBM 2015 foi realizada pelo Ibope com mais de 18 mil entrevistas entre 5 e 22 de novembro de 2014, por meio de entrevistas domiciliares. Como principal característica, manteve-se a representatividade nacional da pesquisa de 2014, com uma amostra que retrata adequadamente cada um dos 26 estados e o Distrito Federal.


Fonte: Blog do Planalto

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Cerca de 48% dos brasileiros usam internet regularmente. (Portal Brasil - Governo Federal - 19/12/2014)

Quase metade dos brasileiros usa a internet regularmente. É o que mostra a Pesquisa Brasileira de Mídia 2015 (PBM 2015), divulgada nesta sexta-feira (19) pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.

Além disso, o percentual de pessoas que a utilizam todos dos dias cresceu de 26% na PBM 2014 para 37% na PBM 2015.

A internet também possui um bom índice de atenção exclusiva, já que 32% dos usuários não realizam nenhuma outra tarefa enquanto estão conectados, como comer, conversar ou assistir à televisão.

As pessoas ficam conectadas, em média, 4h59 por dia durante a semana e 4h24 nos finais de semana, superior ao tempo médio que os brasileiros ficam expostos ao televisor, respectivamente 4h31 e 4h14.

O hábito de uso da internet também é mais intenso do que o obtido anteriormente. De acordo com a pesquisa anterior, o tempo médio conectado era 3h39 por dia durante a semana e 3h43 nos finais de semana.

Os usuários utilizam a internet, principalmente, para se informar (67%) - sejam notícias ou informações de modo geral -, para se divertir (67%), para passar o tempo livre (38%) e para estudar (24%). As pessoas costumam estar mais conectadas nos mesmo horários, independente do dia: das 10h às 11h e das 20h às 21h.

Mais do que as diferenças regionais, são a escolaridade e a idade dos entrevistados os fatores que impulsionam a frequência e a intensidade do uso da internet no Brasil.

Entre os usuários com ensino superior, 72% acessam a internet todos os dias, com uma intensidade média diária de 5h41, de segunda a sexta-feira. Entre as pessoas com até a 4ª série, os números caem para 5% e 3h22. A pesquisa mostra também que os jovens são usuários mais intensos das novas mídias, já que 65% dos usuários na faixa de 16 a 25 se conectam todos os dias, em média 5h51 durante a semana, contra 4% e 2h53 dos usuários com 65 anos ou mais.

O uso de aparelhos celulares para acessar a internet (66%) já compete com o uso por meio de computadores (71%). Na pesquisa anterior, esses índices eram de 40% e 84%, respectivamente. O uso de redes sociais influencia esse resultado.

Entre os internautas, 92% estão conectados por meio de redes sociais, sendo as mais utilizadas o Facebook (83%), o Whatsapp (58%) e o Youtube (17%). O Twitter, popular entre as elites políticas e formadores de opinião, foi mencionado por apenas 5% dos entrevistados.

Internautas conectados por meio de redes sociais

Facebook  - 83%
Whatsapp  - 58%
Youtube  - 17%
Instagram  - 12%
Google+ - 8%
Twitter - 5%
Skype - 4%
Linkedin - 1%
Outros - 1%
Não utiliza  - 6%
Fonte:

Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

Pesquisa Brasileira de Mídia - 2015: Hábitos de consumo de mídia pela população brasileira. (Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República)

Capítulo 3 - Internet

Neste capítulo, são apresentados os principais resultados relativos à internet. A importância crescente e a penetração das chamadas novas mídias na sociedade ficam claras quando se analisam os dados da pergunta sobre qual meio de comunicação o entrevistado utiliza mais. A internet foi apontada por 42% dos brasileiros (1º + 2º + 3º lugares). Por esses critérios, ela ficaria atrás da televisão (93%) e, por uma pequena diferença, do rádio (46%).

Estão disponibilizadas informações sobre os motivos, a frequência, os ciclos horários, a intensidade, as plataformas, as formas de uso concomitantes, redes sociais e programas de trocas de mensagens instantâneas, além do uso da internet para realizar serviços públicos e se comunicar com os governos. Também são apresentadas as razões pelas quais as pessoas não utilizam a internet.

Apesar da sua crescente importância, é alto o percentual de entrevistados que ainda não utilizam a internet (51%). Contudo, entre os usuários, a exposição é intensa e com um padrão semelhante: 76% das pessoas acessam a internet todos os dias, com uma exposição média diária de 4h59 de 2ª a 6ª-feira e de 4h24 nos finais de semana. Eles estão em busca, principalmente, de informações (67%) – sejam elas notícias sobre temas diversos ou informações de um modo geral –, de diversão e entretenimento (67%), de uma forma de passar o tempo livre (38%) e de estudo e aprendizagem (24%).

Assim como a televisão e o rádio, os ciclos horários de uso da internet de 2ª a 6ª-feira e nos finais de semana são semelhantes e possuem uma alta correlação. Isso significa que as pessoas tendem a estar conectadas mais ou menos nos mesmos horários, independentemente do dia. Seja de 2ª a 6ª-feira, seja aos sábados e domingos, o pico de uso da internet ocorre à noite, por volta das 20 horas.

No Brasil, as características sociodemográficas da população têm um grande impacto no uso da internet, principalmente se comparada aos outros meios de comunicação. Renda e escolaridade criam um hiato digital entre quem é um cidadão conectado e quem não é. Já os elementos geracionais ou etários mostram que os jovens são usuários mais intensos das novas mídias.

Os dados mostram que 65% dos jovens com até 25 anos acessam internet todos os dias. Entre os que têm acima de 65 anos, esse percentual cai para 4%. Entre os entrevistados com renda familiar mensal de até um salário mínimo (R$ 724), a proporção dos que acessam a internet pelo menos uma vez por semana é de 20%. Quando a renda familiar é superior a cinco salários mínimos (R$ 3.620 ou mais), a proporção sobe para 76%. Por sua vez, o recorte por escolaridade mostra que 87% dos respondentes com ensino superior acessam a internet pelo menos uma vez por semana, enquanto apenas 8% dos entrevistados que estudaram até 4ª série o fazem com a mesma frequência.

Tais informações ajudam a explicar os principais gargalos para o uso da internet: além da falta de interesse (43%), a falta de habilidade com o computador (41%) – que afeta as pessoas mais velhas e menos escolarizadas –, a falta de necessidade (24%) e os custos que envolvem o uso das novas mídias (14%) – que impacta os mais pobres – estão entre as principais razões pelas quais os brasileiros não utilizam as novas mídias [2].

Entre as redes sociais e os programas de trocas de mensagens instantâneas mais usadas (1º + 2º + 3º lugares), estão o Facebook (83%), o Whatsapp (58%), o Youtube (17%), o Instagram (12%) e o Google+ (8%). O Twitter, popular entre as elites políticas e formadores de opinião, foi mencionado apenas por 5% dos entrevistados.

Em relação aos principais suportes de acesso à internet (1º + 2º lugares), os resultados mostram que a maioria dos entrevistados (71%) o fazem via computador, seguido pelo celular (66%). Há ainda uma pequena parcela (7%) dos pesquisados que utiliza tablets para navegar pelo mundo digital.

É baixo o contato direto entre o cidadão e governos ou instituições públicas. Apenas 25% dos usuários entraram em contato por e-mail, formulários eletrônicos, chats, redes sociais, fóruns de discussão ou de consultas públicas nos últimos 12 meses.

A última seção deste capítulo apresenta as formas de uso concomitante da internet com outras atividades [3]. Entre os usuários, as principais respostas foram: comer alguma coisa (31%), conversar com outras pessoas (23%), usar o celular (20%), assistir à televisão (18%) e trocar mensagens instantâneas (16%). Mas os dados mostraram que a internet também possui um bom índice de atenção exclusiva: 32% relataram não realizar nenhuma outra atividade enquanto a utilizam.

***

[1]  Nas questões sobre os motivos de uso do meio de comunicação, os entrevistados podiam apresentar respostas múltiplas. Por isso, a simples soma das respostas não “fecha” em 100%.

[2]  Essa pergunta também permitia que os entrevistados dessem respostas múltiplas.

[3]  Nas questões sobre o uso concomitante dos meios de comunicação, os entrevistados podiam apresentar respostas múltiplas. Por isso, a simples soma das respostas não “fecha” em 100%.


Mais de 50% dos brasileiros estão conectados à internet, diz Pnad. (Portal G1 - 18/09/2014)

Proporção de internautas subiu de 49,2% para 50,1% entre 2012 e 2013.

Mais da metade dos brasileiros já está conectada à internet. Segundo dados divulgados nesta quinta-feira (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a proporção de internautas no país passou de 49,2%, em 2012, para 50,1%, em 2013, do total da população. As informações fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) referente a 2013.

De acordo com o IBGE, o Brasil ganhou 2,5 milhões de internautas (2,9%) entre 2012 e 2013, totalizando aproximadamente 86,7 milhões de usuários de internet com 10 anos ou mais. As mulheres são 51,9% do total. A taxa de crescimento, no entanto, é a menor registrada pela Pnad: entre 2011 e 2012, ela foi de 6,9%; entre 2009 e 2011, 14,8%; e de 2008 para 2009, 21,6%.

Em um recorte da Pnad a partir de grupos de idade, pessoas entre 15 e 17 anos e de 18 a 19 anos registraram os maiores índices de internautas em 2013, com 76% e 74,2%, respectivamente. Já na faixa etária entre 40 e 49 anos, 44,4% do total acessa a internet. Apenas 21,6% de quem tem mais de 50 anos se conecta à web.

Em 2013, as regiões Sudeste (57,7%), Sul (54,8%) e Centro-Oeste (54,3%) tiveram proporções de internautas superiores à média nacional de 50,1%. O Norte, com 38,6% do total da população, e o Nordeste, com 37,8%, ficaram abaixo. Todas as regiões brasileiras registraram crescimento de internautas em 2013, com destaque para o Nordeste (4,9%) e o Sul (4,5%). O Sudeste (2,2%), o Centro-Oeste (1,3%) e o Norte (0,4%) aparecem em seguida.

Houve crescimento de 8,8% nos domicílios com computadores. No Nordeste, o aumento foi de 14,0%, com 686,6 mil no total. Em 2013, dos 32,2 milhões de domicílios com computador em casa, 28,0 milhões estavam com acesso à Internet. No Sul, o crescimento foi de 14,7% no número de computadores com acesso à Internet: total de 50% das unidades domiciliares.

Debatendo com X., um dirigente petista conservador e mal informado. (2013)

6 de julho de 2013

"Pela nova versão do Estatuto [do PT], os fóruns na internet são considerados núcleos de base. É assim ou estou interpretando errado? O que eu leio aqui é o seguinte, R.:

Reforma do Estatuto, aprovada no 4º Congresso, 03.09.2011, item 35. Participação digital . Diz o seguinte: 

'Ficam incluídos os coletivos petistas nas redes sociais da Internet como Núcleos de base.'
E no Estatuto diz o seguinte: 

'Art. 61. São considerados Núcleos quaisquer agrupamentos de (...) filiados ou filiadas ao Partido, organizados por atividades afins, tais como (...) coletivos nas redes sociais da internet (...)'.
É evidente, X., que para se reconhecer formalmente um núcleo, é necessário que se demonstre a sua existência real. Mas, desde que isso é feito, dispensa-se a presença e o núcleo pode perfeitamente cumprir as suas finalidades apenas virtualmente, reunindo-se excepcionalmente quando houver necessidade de uma votação formal e para a implementação das atividades práticas na rua. 

As reuniões [em ambiente físico] costumam ser esvaziadas porque a maioria das pessoas não suporta ou não tem tempo a perder com discussões intermináveis que não decidem nada e não têm consequência prática nenhuma. Esse tipo de participação, o debate para elaboração política, que é sempre necessariamente longo e exaustivo, pode ser feito pela internet com o mesmo proveito que se estivessem todos reunidos numa sala, com a vantagem de que pode-se conseguir ter um número maior de participantes por evidentes facilidades como a flexibilidade de horário e a possibilidade de ler e reler o que é dito a qualquer tempo. 

Estamos num mundo em que ninguém quer perder tempo. E eu creio que a proposta de participação digital responde às necessidades desse novo mundo em que tudo é tão rápido e fluido. Acho que a forma que pode ser mais produtiva de trabalhar é assim: na internet se combinam as coisas, fora da internet se realiza o combinado. É isso o que eu entendo que seja a participação digital. Mantém-se as reuniões presenciais, e reconhece-se e estimula-se estas novas alternativas de participação, que podem sim ser chamadas de núcleos virtuais, já que tem como ambiente principal de participação a internet. 

Acho que esse tema precisa ser melhor discutido no partido. Eu, acho, por exemplo, que a lista de e-mails da zonal deveria ser tratada como um núcleo, ainda que não precise ser reconhecida formalmente como tal, já que é um canal de comunicação mantido pelo Diretório Zonal. Enfim, segue o debate."

17 de julho de 2013

"'Enquanto preferir ficar nessa militância virtual, ao menos respeite quem milita no mundo real.' (R.)
Militância virtual é militância real, X., acorda. Toda a disputa ideológica e toda a guerra de informação e contra-informação entre esquerda e direita no Brasil tem se dado, há anos, pela internet. Os protestos de junho foram convocados pela internet. As pessoas discutiram, decidiram e combinaram a realização de todos os atos nas redes sociais. Portanto, militância virtual e militância presencial não se excluem. Ao contrário, se articulam, se completam e se potencializam mutuamente. Eu uso a internet, mas o meu objetivo é a rua. E a experiência dos movimentos sociais contemporâneos prova que eu estou certo. Porque todas as grandes manifestações de rua recentes do mundo, nasceram na internet. Não foi atoa que o 4º Congresso do PT, ocorrido em 2011, ano da Primavera Árabe, incluiu na reforma do Estatuto do partido um capítulo sobre a Participação Digital." 

Núcleos de Base Virtuais.

Item 35 (Participação Digital) da reforma do Estatuto do PT, aprovada no 4º Congresso Nacional do partido, de 2011

"Ficam incluídos os coletivos petistas nas redes sociais da Internet como Núcleos de base."

Artigo 61 do estatuto do PT (Núcleos de Base)

"São considerados Núcleos quaisquer agrupamentos de pelo menos 9 (nove) filiados ou filiadas ao Partido, organizados por local de moradia, trabalho, movimento social, categoria profissional, local de estudo, temas, áreas de interesse, atividades afins, tais como grupos temáticos, clubes de discussão, círculos de estudo, coletivos nas redes sociais da internet e outros."

Como governar, quando toda a imprensa é contra. (Paulo Henrique Amorim, Outubro de 2006)

Ou se faz como Hugo Chávez ou como Roosevelt. São as duas formas conhecidas de enfrentar a oposição de toda a imprensa, num regime democrático. Prefiro a de Roosevelt. Explico-me.
“Na eleição de 1932, seis de cada dez jornais fizeram oposição a ele e Roosevelt acreditava que era vítima de um ódio profundo de donos de empresas jornalísticas, que distorciam as notícias para prejudicá-lo. As redes de estações de rádio, ao contrário, deram total colaboração...   e o Presidente usou o rádio para atingir o público diretamente e explicar seus programas.”  (Paul Starr, The Creation of the Media – Political Origins of Modern Communication, Basic Books, New York, 2004, página 360)
A diferença entre a situação do Presidente Franklin Roosevelt e a do Presidente Lula, caso se reeleja, é que:
1) Todos os jornais são contra Lula;

2) Todas as revistas são contra Lula, com exceção da Carta Capital;

3) Todas as rádios são contra Lula;

4) E uma rede de televisão – a Globo – líder de audiência, sempre desempenhou um papel ativo contra Lula e os candidatos trabalhistas (por exemplo, Leonel Brizola) e agora reagrupou suas forças e aliados (o delegado Bruno, por exemplo – clique aqui para ver e ouvir a íntegra da conversa do delegado sobre o Jornal Nacional) para derrotar o presidente Lula.
Roosevelt fugiu dos jornais – que, então, tinham muito mais força do que hoje – e se aliou às rádios. Em troca, Roosevelt, ainda segundo Starr, manteve a posição privatizante dos governos conservadores de antes e deixou o rádio (e mais tarde a televisão) como uma indústria inteiramente privada, ao contrário do que aconteceu na Inglaterra, com a hegemonia da BBC, estatal.

O que extrair dessa lição?

Roosevelt teve a chance de dar a volta por cima pela tecnologia. Foi para outra mídia – o rádio – e deixou os jornais conservadores para lá. E foi um campeão de reeleições.

Em abril de 2002, TODAS as redes de televisão da Venezuela conseguiram, por algumas horas, dar um golpe de Estado. Teria sido o primeiro golpe de Estado da televisão, na telinha – um golpe criado e realizado pelo que as redes mostravam na tela: o caos, a desordem, o desgoverno, a ingovernabilidade, a corrupção desenfreada. Sem falar, é claro, da oposição da imprensa escrita.

Quais são os meios de Chávez enfrentar isso?

Segundo a jornalista Alma Guillermoprieto, num artigo “Don´t Cry for me, Venezuela”, publicado em The New York Review of Books, Volume 52, Numero 15, de Outubro de 2005), Chavez fez duas coisas:
1) Criou um programa dominical “Alô Presidente”, em que, às vezes, fica no ar o dia inteiro.

2) Interrompe a programação das redes de televisão, entra em cadeia nacional, sem avisar, e critica os telejornais que acabaram de ir ao ar.
Uma vez, Chávez interrompeu por quatro horas toda a programação da noite, inclusive as “telenovelas”.  (A reprodução em texto dessas quatro horas pode ser encontrada no endereço www.analitica.com/bibliotec/hchavez/cadena20010615.asp)
Deixo de considerar aqui as soluções já exploradas por outros presidentes trabalhistas (ou aliados de trabalhistas), no Brasil. Vargas, por exemplo, com a ajuda do banqueiro Walther Moreira Salles, estimulou Samuel Wainer a fundar a Última Hora. Juscelino ajudou Adolpho Bloch na Manchete. Brizola ajudou a Manchete e usava extensivamente a Rádio Mayrink Veiga, no Rio. Todas essas me parecem soluções politicamente irreproduzíveis, hoje, no Brasil.

O Sindicato dos Bancários, no início do Governo Lula, cogitou de lançar um jornal nacional, mas a ideia nem saiu do papel.

A solução Chávez também é inconcebível.

O Governo Lula não enfrentou nem enfrentará a Rede Globo. A relação de Lula com a Globo é a mesma de Tony Blair com Murdoch (sem comentários...)

E a solução Roosevelt – dar um salto tecnológico? É a mais plausível. Usar a internet.

O Governo Lula é quem mais precisa de inclusão digital. Os sites de informação do Governo ou de instituições ligadas ao Governo na internet são de uma inépcia petista. De uma maneira geral, os governos, os partidos (com exceção do PC do B) e os políticos brasileiros (com exceção de César Maia e Zé Dirceu) não sabem usar a internet. É o único espaço que sobra para o Governo Lula – se ele for reeleito.

PS: Sobre como usar a internet para fazer politica dentro da democracia representativa, recomenda-se ver o que fez e o que faz o atual presidente do Partido Democrata nos Estados Unidos, Howard Dean.

Militante Cibernético.

Militante


1. Que ou o que milita.

2. Que ou quem luta, combate.

3. Que ou quem defende algo de forma ativa ou convicta.


Cibernético


1. Relativo a cibernética.

2. Relativo ao ciberespaço ou à Internet.