sábado, 3 de outubro de 2015

Lula diz à CUT que trabalho de base deve ser feito também na internet. (13/11/2013)

Mensagem enviada por Lula aos participantes do primeiro curso de formação de formadores em comunicação da CUT, em 13/11/2013.
"Queridos companheiros e queridas companheiras.

Quero saudar a iniciativa da CUT de incluir as mídias sociais no seu curso de formação em comunicação.

Sabemos que a internet é cada vez mais importante.

Temos que continuar nos locais de trabalho, reunindo os companheiros nos sindicatos, fazendo a luta sindical, olho no olho.

Mas, hoje, isto não é mais suficiente.

Temos que nos comunicar com mais força e criatividade, por todos os meios disponíveis.

E hoje os trabalhadores e suas famílias também estão na internet.

Por isso, é fundamental que os sindicatos também estejam lá.

A internet é fundamental para falar diretamente com a juventude, se conectando com as suas aspirações e a sua energia.

É fundamental para criar uma alternativa aos grandes grupos de comunicação que, como sabemos, geralmente são muito preconceituosos com as reivindicações dos trabalhadores e com os movimentos sociais.
Por isso, a internet deve ser utilizada no dia a dia dos sindicatos, para renovar nossas entidades, para ouvir e organizar os trabalhadores.

Por isso, bom trabalho. E muita informação." (Lula, 13/11/2013)

Mensagem de Lula sobre as redes sociais, publicada em sua página, no Facebook. (16/10/2013)

Companheiro/a,

Quero chamar sua atenção sobre a importância das mídias sociais. Todos sabemos que a internet está sendo cada vez mais utilizada pelas pessoas para conversar sobre política e se informar sobre o que está acontecendo no Brasil e no mundo. Nós temos que estar presentes também nesse espaço, explicando nosso projeto, mostrando os resultados concretos que alcançamos e ouvindo o que as pessoas têm a dizer.

Não existe tema em que não tenhamos grandes avanços para mostrar.

É nosso papel mostrar dados que não aparecem em outros lugares. Quem se informa e debate política pela internet precisa saber das histórias dos mais de um milhão de jovens filhos da classe trabalhadora que chegaram à universidade pelo Prouni; das 14 milhões de famílias pobres que antes eram abandonadas, e hoje podem ter uma vida mais digna graças ao Bolsa Família; ou de alguém que conseguiu um dos mais de 20 milhões de empregos gerados no Brasil nesses últimos 10 anos.

Não devemos ficar apenas reclamando que não temos espaço em outras mídias. Vamos utilizar essa ferramenta fantástica que é a internet para falar do nosso projeto, mostrar o que já fizemos e, claro, ouvir críticas, sugestões e questionamentos. Esse debate é essencial para consolidarmos ainda mais a trajetória de crescimento, democracia e diminuição de desigualdades que nosso país vem percorrendo.

Acompanhe, curta e participe das páginas do PT nas redes sociais e se informe. Crie os seus canais de comunicação, escreva, grave vídeos e debata nas redes sociais. E lembre sempre de checar as informações antes de divulgá-las. Não vamos colaborar com a criação de uma série de informações e acusações falsas que têm surgido na rede.

Junte seus amigos, sua família, seus companheiros de partido e participe discutindo nas redes, nos espaços partidários e nas ruas. Quanto mais gente participar, quanto mais a política for debatida,mais consolidada estará a nossa democracia e mais nosso país avançará em direção a uma sociedade mais justa para todos.

Participe deste debate e vamos continuar transformando o Brasil!

Lula


Fonte: Instituto Lula

Lula no New York Times: Internet, usada como instrumento de diálogo e participação, pode democratizar o funcionamento de partidos e governos. (Julho de 2013)

"Os partidos precisam dialogar permanentemente com a sociedade, nas redes e nas ruas. (...)  E não só em períodos eleitorais.

Já se disse, com razão, que a sociedade entrou na era digital e a política permaneceu analógica.

Se as instituições democráticas souberem utilizar criativamente as novas tecnologias de comunicação, como instrumentos de dialogo e participação, e não de mera propaganda, poderão oxigenar – e muito – o seu funcionamento, sintonizando-se de modo mais efetivo com a juventude e todos os setores sociais.

No caso do PT, que tanto contribuiu para modernizar e democratizar a política brasileira e que há dez anos governa o meu país, estou convencido de que ele também precisa renovar-se profundamente, recuperando seu vinculo cotidiano com os movimentos sociais. Dando respostas novas a problemas novos." (Lula, 16/07/2013)

http://www.nytimes.com/2013/07/17/opinion/global/lula-da-silva-the-message-of-brazils-youth.html


Lula no NYT: "A mensagem da juventude brasileira"


Versão publicada no site da Fundação Perseu Abramo

Parecia mais fácil explicar as razões de tais protestos quando eles aconteciam em países sem democracia, como o Egito e a Tunísia em 2011, ou onde a crise econômica levou o desemprego juvenil a níveis assustadores, como na Espanha e na Grécia, por exemplo. Mas a chegada dessa onda a países com governos democráticos e populares, como o Brasil, quando temos as menores taxas de desemprego da nossa história e uma inédita expansão dos direitos econômicos e sociais, exige de todos nós, líderes políticos, uma reflexão mais profunda.

Muitos acham que esses movimentos significam a negação da política. Eu acho que é justamente o contrario: eles indicam a necessidade de se ampliar ainda mais a democracia e a participação cidadã. De renovar a política, aproximando-a das pessoas e de suas aspirações cotidianas.

Eu só posso falar com mais propriedade sobre o Brasil. Há uma ávida nova geração em meu país, e eu creio que os movimentos recentes são, em larga medida, resultado das conquistas sociais, econômicas e políticas obtidas nos últimos anos. O Brasil conseguiu na última década mais que dobrar o número de estudantes universitários, muitos deles vindos de famílias pobres. Reduzimos fortemente a pobreza e a desigualdade. São grandes feitos, mas é também absolutamente natural que os jovens, especialmente aqueles que estão obtendo o que seus pais nunca tiveram, desejem mais.

Estes jovens tinham 8, 10,12 anos quando o partido que eu ajudei a criar, o PT, junto com seus aliados, chegou ao poder. Não viveram a repressão da ditadura nos anos 60 e 70. Não viveram a inflação dos anos 80, quando a primeira coisa que fazíamos ao receber um salário era correr para um supermercado e comprar tudo o que fosse possível antes que os preços subissem no dia seguinte. Também tem poucas lembranças dos anos 90, quando a estagnação e o desemprego deprimiam o nosso país. Eles querem mais. E é compreensível que seja assim. Tiveram acesso ao ensino superior, e agora querem empregos qualificados, onde possam aplicar o que aprenderam nas universidades. Passaram a contar com serviços públicos de que antes não dispunham, e agora querem melhorar a sua qualidade. Milhões de brasileiros, inclusive das classes populares, puderam comprar o seu primeiro carro e hoje também viajam de avião. A contrapartida, no entanto, deve ser um transporte público eficiente e digno, que facilite a mobilidade urbana, tornando menos penosa e estressante a vida nas grandes cidades.

Os anseios dos jovens, por outro lado, não são apenas materiais. Também querem maior acesso ao lazer e à cultura. E, sobretudo, reclamam instituições politicas mais transparentes e limpas, sem as distorções do anacrônico sistema partidário e eleitoral brasileiro, que até hoje não se conseguiu reformar. É impossível negar a legitimidade de tais demandas, mesmo que não seja viável atendê-las todas de imediato. É preciso encontrar fontes de financiamento, estabelecer metas e planejar como elas serão gradativamente alcançadas.

A democracia não é um pacto de silêncio. É a sociedade em movimento, discutindo e definindo suas prioridades e desafios, almejando sempre novas conquistas. E a minha fé é que somente na democracia, com muito dialogo e construção coletiva, esses objetivos podem ser alcançados. Só na democracia um índio poderia ser eleito Presidente da Bolívia, e um negro Presidente dos Estados Unidos. Só na democracia um operário e uma mulher poderiam tornar-se Presidentes do Brasil.

A história mostra que, sempre que se negou a política e os partidos, e se buscou uma solução de força, os resultados foram desastrosos: guerras, ditaduras e perseguições de minorias. Todos sabemos que, sem partidos, não pode haver verdadeira democracia. Mas cada vez fica mais evidente que as nossas populações não querem apenas votar de quatro em quatro anos, delegando o seu destino aos governantes. Querem interagir no dia a dia com os governos, tanto locais quanto nacionais, participando da definição das políticas públicas, opinando sobre as principais decisões que lhes dizem respeito.

Em suma: não querem apenas votar, querem ser ouvidas. E isso constitui um tremendo desafio para os partidos e os lideres políticos. Supõe ampliar as formas de escuta e de consulta, e os partidos precisam dialogar permanentemente com a sociedade, nas redes e nas ruas, nos locais de trabalho e de estudo, reforçando a sua interlocução com as organizações dos trabalhadores, as entidades civis, os intelectuais e os dirigentes comunitários, mas também com os setores ditos desorganizados, que nem por isso tem carências e desejos menos respeitáveis.

E não só em períodos eleitorais. Já se disse, e com razão, que a sociedade entrou na era digital e a política permaneceu analógica. Se as instituições democráticas souberem utilizar criativamente as novas tecnologias de comunicação, como instrumentos de dialogo e participação, e não de mera propaganda, poderão oxigenar – e muito – o seu funcionamento, sintonizando-se de modo mais efetivo com a juventude e todos os setores sociais.

No caso do PT, que tanto contribuiu para modernizar e democratizar a política brasileira e que há dez anos governa o meu país, estou convencido de que ele também precisa renovar-se profundamente, recuperando seu vinculo cotidiano com os movimentos sociais. Dando respostas novas a problemas novos. E sem tratar os jovens com paternalismo.

A boa noticia é que os jovens não são conformistas, apáticos, indiferentes à vida pública. Mesmo aqueles que hoje acham que odeiam a política, estão começando a fazer política muito antes do que eu comecei. Na idade deles, não imaginava tornar-me um militante político. E acabamos criando um partido, quando descobrimos que no Congresso Nacional praticamente não havia representantes dos trabalhadores. Inicialmente não pensava em me candidatar a nada. E terminei sendo Presidente da República.

Conseguimos, pela política, reconquistar a democracia, consolidar a estabilidade econômica, retomar o crescimento, criar milhões de novos empregos e reduzir a desigualdade no meu país. Mas claro que ainda há muito a ser feito. E que bom que os jovens queiram lutar para que a mudança social continue e num ritmo mais intenso.

Outra boa notícia é que a Presidente Dilma Rousseff soube ouvir a voz das ruas e deu respostas corajosas e inovadoras aos seus anseios. Propôs, antes de tudo, a convocação de um plebiscito popular para fazer a tão necessária reforma política. E lançou um pacto nacional pela educação, a saúde e o transporte público, no qual o governo federal dará grande apoio financeiro e técnico aos estados e municípios.

Quando falo com a juventude brasileira e de outros países, costumo dizer a cada jovem: mesmo quando você estiver irritado com a situação da sua cidade, do seu estado, do seu país, desanimado de tudo e de todos, não negue a política. Ao contrário, participe! Porque o político que você deseja, se não estiver nos outros, pode estar dentro de você.
(Luiz Inácio Lula da Silva é ex-presidente do Brasil, que agora trabalha em iniciativas globais com o Instituto Lula)

IBGE: Metade dos brasileiros estão conectados à internet; Norte lidera em acesso por celular. (BBC - Brasil - 29/04/2015)

O jovem Awipdavi Urueu, da tribo indígena Uru-Eu-Wau-Wau, em Rondônia, tem 23 anos e como todo brasileiro da sua idade gosta de acessar com frequência as redes sociais. Porém, com apenas um computador na reserva indígena onde mora, localizada a cerca de 100 quilômetros ao sul da capital do Estado, Porto Velho, Awipdavi acaba tendo de recorrer na maior parte do tempo ao celular, por meio do qual interage com a comunidade – são 200 membros espalhados em seis aldeias – e se comunica com o mundo exterior, além de manter atualizado o seu perfil no Facebook, repleto de 'selfies'.

"Acesso a internet por meio de uma antena que eu mesmo comprei. De todas as aldeias, só a nossa tem esse tipo de conexão. Como aqui não tem sinal de telefone, é a forma que consegui para trocar ideias e conhecer pessoas novas, como você", disse ele à BBC Brasil. A antena, conta, custou cerca de R$ 2 mil, valor que a aldeia pagou "em parcelas mensais de R$ 100".

A realidade de Awipdavi é comum na região Norte do país, cujas distâncias e grandes dimensões retardaram a chegada das redes de dados e fibras óticas. Sem uma infraestrutura adequada de cabos, a banda larga móvel (sem fio) ganhou força frente à fixa, em uma evolução diferente da verificada no restante do país.

Dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira confirmam essa peculiaridade. Em 2013, a região Norte apresentou o maior porcentual de domicílios que usaram o celular para acessar a internet (75,4%), enquanto no restante do Brasil predominou o uso do computador.

Entre os Estados do país, o acesso feito exclusivamente por celular ou tablet superou o feito por computador em Sergipe (28,9% por celular ou tablet contra 19,3% por computador), Pará (41,2% contra 17,3% por computador), Roraima (32% contra 17,2%), Amapá (43% contra 11,9%) e Amazonas (39,6% versus 11,1%). Parte dos entrevistados não soube responder à pergunta.

Rondônia, paradoxalmente, foi a unidade da federação que registrou a maior proporção de acesso exclusivo por meio de computador (61,1%), enquanto Santa Catarina teve o menor porcentual de acesso exclusivo por celular ou tablet (5%).

Diferentemente do restante do Brasil, o Norte foi também a única região do país onde a conexão via banda larga móvel - as redes 3G ou 4G - ultrapassou a rede fixa. Nos Estados do Amazonas, Roraima, Pará e Amapá, oito em cada dez residências com internet acessaram a rede via banda larga móvel em 2013.

"A região Norte acabou prejudicada por causa da conexão à longa distância. Isso fez com que a internet ficasse muito cara e com a velocidade muito baixa. O acesso que, antes só era possível via satélite, hoje já é viável por meio das torres de telefonia celular. A banda fixa ali, contudo, acabou não evoluindo, diferentemente do restante do país", explica Eduardo Tude, presidente da consultoria Teleco, especializada em telecomunicações.

Foi a primeira vez que o IBGE levantou dados sobre o tipo de equipamento utilizado para acessar a internet. Os dados da Pnad também incluíram os domicílios cobertos por sinal digital de TV aberta e a posse de celular para uso pessoal.

Computador menos importante


Segundo o órgão, 85,6 milhões de brasileiros acima de 10 anos de idade (49,4% da população) tinham usado a internet, pelo menos uma vez, no período de referência dos últimos três meses (últimos 90 dias que antecederam ao dia da entrevista) em 2013.

Desse total, 78,3 milhões (45,3% da população) afirmaram ter acessado a rede via computador. A proporção é menor do que a verificada em 2011, quando 46,5% dos brasileiros diziam ter usado a internet por meio de um computador no domicílio.

Em 2013, de acordo com o IBGE, as regiões Sudeste (57%), Sul (53,5%) e Centro-Oeste (54,3%) registraram os maiores percentuais de utilização da internet considerando-se todos os equipamentos. Já a região Norte teve a maior proporção (8,7%) de pessoas de 10 anos ou mais de idade que utilizaram a internet por meio de aparelhos com exceção do computador (celular, tablet, TV, etc).

Em relação ao número de domicílios, de acordo com a pesquisa, 48% deles tinham acesso à internet (31,2 milhões de residências). Desse total, 88,4% (ou 27,6 milhões) usavam a internet por meio de computador. No restante – 11,6% ou 3,6 milhões de domicílios, a utilização da internet era realizada por outros equipamentos.

Tablets


O IBGE verificou ainda a existência de tablets nos domicílios brasileiros. Segundo os dados da Pnad 2013, 7,1 milhões (10,8%) dos 65,1 milhões de domicílios particulares permanentes do país tinham o aparelho.

Dentre eles, diz o órgão, mais da metade (3,9 milhões) estava no Sudeste, onde 13,8% das casas possuíam tablets. Já o Norte do país foi a região com a menor incidência do aparelho. Apenas 278 mil domicílios (ou 5,9% do total da região) tinham o dispositivo.

A pesquisa também mostrou uma relação direta entre o acesso à internet, a renda e os anos de estudo. Segundo o IBGE, a proporção de pessoas que usa a rede cresce conforme aumentam o rendimento e a escolaridade.

Já no tocante à faixa etária, o cenário é inverso. Os mais jovens registraram os maiores percentuais de acesso à internet.

Acesso à TV e posse de celular


O IBGE também levantou dados sobre o acesso à TV e a posse de celular para uso pessoal.

Segundo as estimativas da Pnad 2013, 130,2 milhões de brasileiros acima de 10 anos de idade tinham celular para uso pessoal, um aumento de 49,4% ante a 2008.

Entre as regiões do país, o Centro-Oeste registrou a maior proporção de pessoas com o aparelho (83,8%), seguido do Sul (79,8%), Sudeste (79,5%), Norte (66,7%) e Nordeste (66,1%).

De acordo com o IBGE, oito em cada dez brasileiros entre 25 e 49 anos possuíam um celular para uso pessoal em 2013.

Já a TV, diz o órgão, predomina em 97,3% dos domicílios do país (63,3 milhões). Desse total, 29,5% das residências tinham TV por assinatura, 31,2% possuíam sinal digital de TV aberta enquanto que 38,4% dependiam de antena parabólica.


Fonte: BBC - Brasil

Brasileiros ficam mais tempo conectados que assistindo TV, diz Pesquisa Brasileira de Mídia - 2015. (Blog do Planalto - 19/12/2014)

Maior levantamento sobre os hábitos de informação dos brasileiros, a Pesquisa Brasileira de Mídia 2015 (PBM 2015) confirma que brasileiros passam mais tempo navegando na internet do que assistindo TV. No entanto os dados mostram a televisão ainda como meio de comunicação predominante (maioria dos entrevistados diz assistir); o rádio continua o segundo meio de comunicação mais utilizado pelos brasileiros; e os jornais são os veículos mais confiáveis. Os dados foram apresentados pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), nesta sexta-feira (19), no Palácio do Planalto.

Os usuários de internet ficam conectados, em média, 4h59 por dia durante a semana e 4h24 nos finais de semana, superior ao tempo médio que brasileiros ficam expostos ao televisor, respectivamente 4h31 e 4h14. Praticamente a metade dos brasileiros, 48%, usa internet. O percentual de pessoas que a utilizam todos os dias cresceu de 26% na PBM 2014 para 37% na PBM 2015. O hábito de uso da internet também é mais intenso do que o obtido anteriormente. De acordo com a pesquisa de 2014, o tempo médio conectado era 3h39 por dia durante a semana e 3h43 nos finais de semana.

“Uma função dessa pesquisa é orientar a aplicação dos recursos do governo em publicidade. Tem que levar em consideração que a internet cresce como meio de comunicação mais utilizado, que os jornais são mais confiáveis, mas têm uma penetração menor. Que a TV tem um alcance gigante, mas capta menos a atenção das pessoas, todas essas informações serão levadas em consideração”, disse o ministro da Secom, Thomas Traumann.

Mais do que as diferenças regionais, são a escolaridade e a idade dos entrevistados os fatores que impulsionam a frequência e a intensidade do uso da internet no Brasil. Entre usuários com ensino superior, 72% acessam à internet todos os dias, com uma intensidade média diária de 5h41, de 2ª a 6ª-feira. Entre as pessoas com até a 4ª série, os números caem para 5% e 3h22. Na faixa de 16 a 25, 65% dos jovens se conectam todos os dias, em média 5h51 durante a semana, contra 4% e 2h53 dos usuários com 65 anos ou mais.

O uso de telefones celulares para acessar a internet já compete com o uso por meio de computadores ou notebooks, 66% e 71%, respectivamente. O uso de redes sociais influencia esse resultado. Entre os internautas, 92% estão conectados por meio de redes sociais, sendo as mais utilizadas o Facebook (83%), o Whatsapp (58%) e o Youtube (17%).

Televisão


Apesar do tempo médio conectado na internet ser maior, a televisão segue como meio de comunicação mais utilizado pela população. De acordo com a pesquisa, 95% dos entrevistados afirmaram ver TV, sendo que 73% têm o hábito de assistir diariamente. O tempo que o brasileiro passa exposto ao televisor diariamente também cresceu em relação à PBM 2014 que eram 3h29 de 2ª a 6ª-feira, e 3h32 nos finais de semana (4h31 e 4h14, respectivamente na PBM 2015).

Rádio


O rádio continua o segundo meio de comunicação mais utilizado pelos brasileiros, mas seu uso caiu na comparação entre a PBM 2014 para a PBM 2015, de 61% para 55%. Em compensação, aumentou a quantidade de entrevistados que dizem ouvir rádio todos os dias, de 21% em 2014 para 30% em 2015.

Jornais e revistas


Permaneceu estável o percentual de brasileiros que leem jornais ao menos uma vez por semana entre as duas rodadas da PBM: 21%. Apenas 7% leem diariamente, sendo a 2ª-feira o dia da semana mais mencionado pelos leitores (48%). A escolaridade e a renda dos entrevistados são os fatores que mais aumentam a exposição aos jornais: 15% dos leitores com ensino superior e renda acima de cinco salários mínimos leem jornal todos os dias. Entre os leitores com até a 4ª série e renda menor que um salário mínimo, os números são 4% e 3%.

O uso de plataformas digitais de leitura de jornais ainda é baixo: 79% dos leitores afirmam fazê-lo mais na versão impressa, e 10% em versões digitais.

Foi detectado cenário semelhante ao dos jornais em relação às revistas: 13% dos brasileiros leem revistas durante a semana, número que cresce com aumento da escolaridade e da renda dos entrevistados. Versões impressas (70%) são mais lidas do que versões digitais (12%).

Mesmo que sejam baixas a frequência e a intensidade de leitura de jornais e revistas, eles são os meios de comunicação com maior nível de atenção exclusiva. Entre os leitores de jornal, 50% disseram não fazer nenhuma outra atividade enquanto o consome. Entre os de revista, 46%.

Comunicação de governo


Dentre as formas oficiais de comunicação do Governo Federal, o programa “A Voz do Brasil” é a mais conhecida pelos brasileiros: 57%. Além disso, o conteúdo do programa é bem avaliado por quem o conhece: 45% consideram-no “ótimo ou bom”; 20%, “regular”, e 12%, “ruim ou péssimo”.

Índice de confiança


Cresceu a confiança dos brasileiros nas notícias veiculadas nos diferentes meios de comunicação. Os jornais continuam como os mais confiáveis: 58% confiam muito ou sempre, contra 40% que confiam pouco ou nunca. Na PBM 2014, esses valores eram de 53% e 45%. Televisão e rádio têm nível de confiança similares. No caso da TV, 54% confiam muito ou sempre, contra 45% que confiam pouco ou nada. No caso do rádio, 52% confiam muito ou sempre, contra 46% que confiam pouco ou nunca.

Dentre os veículos tradicionais, a revista é o único que inverte essa equação: 44% confiam muito ou sempre, contra 52% que confiam pouco ou nunca.

Já em relação às novas mídias, a desconfiança predomina. Respectivamente, 71%, 69% e 67% dos entrevistados disserem confiar pouco ou nada nas notícias veiculadas nas redes sociais, blogs e sites.

PBM 2015


Encomendada pela Secom, a PBM 2015 foi realizada pelo Ibope com mais de 18 mil entrevistas entre 5 e 22 de novembro de 2014, por meio de entrevistas domiciliares. Como principal característica, manteve-se a representatividade nacional da pesquisa de 2014, com uma amostra que retrata adequadamente cada um dos 26 estados e o Distrito Federal.


Fonte: Blog do Planalto